Seu Benedito

julho 12, 2008 às 11:58 pm | Publicado em Textos | Deixe um comentário

Acordado aqui, agora, tento me recordar o que aconteceu. Esse povo todo me olhando. E essa luz vermelha? E o mais engraçado é que a pouco pensei estar em outro mundo. Ou esse instante é o mundo que não é meu? E no do devaneio, eu existo?

Pelo menos lá, o que era raso, aos olhos ficaram rasos. Hum… E essa sirene, que insuportável! Hei, você de coturno, pede para alguém desligar isso! Está piorando a situação. Estou tentando decidir a qual mundo pertenço. Utilizando a razão: talvez eu tenha sido abduzido por outros seres. Isso seria um tanto peculiar. Não! Definitivamente ninguém aqui, aos meus olhos é verde. Nem saúdam uns aos outros dizendo: Waka, Waka trululu.

Já sei. Aquele que parecia raso não era verdadeiramente tão raso assim e se encaixava perfeitamente no vértice do triângulo das Bermudas. Legal, um portal para um universo paralelo, onde a teoria das 11 dimensões casa-se com a teoria da membrana perfeitamente. Vixi. Peraí! Aqui não são as Bahamas. Lá se foi mais uma chance de entender onde estou. Se não é isso nem aquilo, só pode ser o dia em que estava eu seguindo de moto (não sei quanto tempo faz)… ai… bom… eita lapso de memória. Já pedi para parar a sirene! Mas aos olhos parecia raso! Estou lembrando. Ah sim! Tinha aquele pátio de venda de carro. Tinha também um mercado falido e do outro lado da rua uma igreja. Agora sim. Tudo se encaixa. Estou vendo o lugar onde se vendia tratores. Mas não estou correndo. Aquilo, aquilo…parece raso, dá pra passar… agora se encaixa… aos olhos raso, mas no fundo, fundo. Entendi a sirene, a luz piscando, o povo em volta me olhando. Entendi. A pouco apenas participei do mundo do inconsciente. Me situei. A realidade é essa. Salve seu Benedito Jorge!

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